As recentes alterações na Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que trata das disposições gerais sobre segurança e saúde no trabalho, trouxeram impactos significativos para a forma como as empresas devem encarar o cuidado com o trabalhador. Mas além da técnica e da burocracia, essas mudanças também pedem uma reflexão mais profunda: o papel da psicologia na construção de ambientes de trabalho mais saudáveis e seguros.
Esse será o tema da palestra que acontece na próxima quarta-feira, dia 14 de maio, a partir das 8 horas, dentro da reunião do Grupo de Recursos Humanos da Associação dos Empresários de Valinhos (AEVAL), na sede da CBO Análises Laboratoriais, no Vale Verde, em Valinhos.
Fábia Cruz, terapeuta, Coach Executiva e Especialista em Eneagrama, será uma das palestrantes. Licenciada em Pedagogia e especialista em Administração com ênfase em Gestão de Pessoas, ela é reconhecida por sua abordagem humanizada, visão sistêmica e competência em conduzir processos de desenvolvimento com profundidade, clareza e resultados consistentes.

O que mudou na NR-1?
Uma das principais mudanças na nova redação da NR-1, atualizada em 2021 e ainda sendo adaptada por muitas organizações, foi a introdução do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e a obrigatoriedade do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) em substituição ao antigo PPRA. Agora, as empresas precisam ir além da simples identificação de riscos físicos e químicos — elas devem considerar também fatores psicossociais e organizacionais.
E é aí que a psicologia entra com força. A NR-1 passou a reconhecer, de forma mais explícita, que riscos ocupacionais não são apenas visíveis ou tangíveis. Condições de trabalho precárias, jornadas exaustivas, assédio moral, falta de reconhecimento e ambientes tóxicos são agentes de risco reais — e seus impactos à saúde mental e física dos trabalhadores são profundos.
A psicologia organizacional e do trabalho, portanto, ganha um papel estratégico. Avaliar o clima organizacional, escutar ativamente os colaboradores e compreender as dinâmicas que causam sofrimento psíquico são práticas que agora deixam de ser apenas “boas intenções” e passam a ser parte do cumprimento legal da segurança do trabalho.

Prevenção também é emocional
Ao incluir fatores psicossociais como elementos que devem ser identificados, analisados e controlados no PGR, a NR-1 sinaliza uma mudança importante de paradigma: prevenir acidentes e doenças ocupacionais também é cuidar da saúde emocional do trabalhador.
Essa abordagem exige que profissionais da segurança do trabalho atuem de forma mais integrada com psicólogos, gestores e RH. O trabalho deixa de ser apenas técnico e passa a ser também humano, exigindo escuta, empatia e ações personalizadas.
Neste aspecto, Frantcesco Giuliani Zanutello, profissional com mais de 10 anos de experiência nas áreas de Segurança e Medicina do Trabalho e Gestão Administrativa, com atuação em órgãos públicos e consultoria especializada, falará aos associados da AEVAL.
A palestra é exclusiva para associados da AEVAL que devem confirmar presença pelo whatsapp (19) 98971-6510.