Família Acolhedora transforma a vida de crianças e jovens
A história da primeira Mulher Acolhedora
O Programa Família Acolhedora existe desde 2014, é desenvolvido pela Casa da Criança e do Adolescente em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Social e Habitação e está precisando de novas famílias que desejam receber uma criança em acolhimento.
O acolhimento familiar está previsto em lei, faz parte da alta complexidade dos serviços assistenciais e consta no ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. O período de acolhimento é de no máximo dois anos, durante os quais a família recebe uma ¬ajuda de custo – bolsa auxílio.
Roberta Cimino Especialista em Gestão de Projeto Social está à frente do Programa em Valinhos e faz um apelo para que as famílias se inscrevam no programa e façam a capacitação para estarem preparadas quando surgir uma criança ou um jovem para ser acolhido.
A história da primeira Mulher Acolhedora
Importante destacar na semana do dia Internacional da Mulher a ação da Assistente Social Denise Forato, ela que foi a primeira mulher a se inscrever no Programa Família Acolhedora. “Eu trabalhava na Santa Casa e via o drama de muitas mães que davam a luz e não, podiam levar os seus filhos e eles eram encaminhados para adoção. Um dia falei com Anélio Zanuchi presidente da Casa da Criança e do Adolescente: “Por que você não implanta o Programa Família Acolhedora?”
“Eu serei a primeira a me candidatar”.
Denise conta que se inscreveu fez a capacitação, porque sentia um vazio na sua vida. “Não tive filhos, morava sozinha há 26 anos, tenho uma casa e pedia a Deus para me mostrar o caminho, eu queria ajudar”.
No dia 15 de dezembro de 2015, Denise recebeu uma ligação que havia duas crianças, dois irmãos um de seis e outro de três anos que precisavam ser acolhidos, sendo que o garoto era considerado deficiente físico e mental.
“Comprei bolacha recheada, suco, miojo, fralda e mamadeira coisas que não tinha em casa e fiquei ansiosa pela chegada. As crianças vieram com a roupa do corpo, minha vizinha comprou uma troca de roupas e me ajudou. Confesso que foi uma experiência incrível, não pude ficar com os dois, porque o garoto precisava de muito tratamento com psicólogo, psiquiatra, fisioterapeuta, fonoaudióloga, mas passado um ano, o diagnóstico é de uma criança normal, que só precisava de estímulo, carinho e alimentação. Ele está em processo de reintegração familiar, estou devolvendo e tenho que lidar com meus sentimentos, mas penso: – foi uma vida salva, o que seria dessa criança?”
Denise é uma mulher totalmente independente, que gostava de viajar, sair com amigos e fez a opção que mudou muito a sua vida. “Não somos nós que escolhemos, é Deus quem escolhe os caminhos e quem vamos acolher, virei mãe de repente”.
E Denise destaca que o menino está indo aos poucos, mas já está com uma adolescente, vivendo outra experiência. “Ver a transformação dessa criança e saber que pude contribuir com isso me dá muita alegria”.
Roberta Cimino lembra que hoje já são onze famílias capacitadas e uma em treinamento, mas é preciso mais. Quem quiser conhecer o Programa é só entrar em contato pelo fone 3929-3410 ou ir até a sede na Rua Joaquim Martins 145, no Jardim Valença.
A equipe também está à disposição das empresas, escolas, condomínios para a realização de palestras sobre o trabalho, é só fazer o contato pelo fone 3829-3410.
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