APAE Valinhos, uma história de 50 anos
Há mais de 50 anos, Valinhos recebia um padre holandês chamado Leopoldo Petrus Van Liempt, que tinha uma casa na Rua Carlos Gomes, onde acolhia seminaristas vindos de várias partes do Brasil, para estudar filosofia na PUC Campinas e recebiam no primeiro ano, os ensinamentos de padre Leopoldo, moravam com ele, para depois irem para o Seminário. Foi nesse tempo, que o religioso passou a celebrar missas aos sábados à noite, na garagem de sua casa.
A frequência a estas celebrações foram crescendo e dela participavam também familiares de um garoto de nome Roberval – Lô, como é conhecido, que apresentava uma deficiência. Logo a família se aproximou do Padre Leopoldo e aconselhado por ele, a educação familiar de Lô tomou melhores rumos. Aos sete anos, Lô não podia frequentar a escola regular e com ajuda de Padre Leopoldo, foi para APAE Campinas.
Padre Leopoldo foi se encantando com os progressos de Lô e conhecendo o trabalho da APAE, percebeu que a APAE de Campinas havia sido criada para atender os usuários daquela cidade e sabia da necessidade de Valinhos também ter uma unidade, mesma época em que ele pensava numa forma de oferecer trabalho aos seminaristas. A idéia era criar uma APAE e uma oficina de materiais pedagógicos Montessoriano. Em 11 de abril de 1971, era fundada a APAE que chega ao Jubileu de Ouro, 50 anos de lutas e conquistas.
Voltar o olhar para trás ver a longa caminhada desde a sua implantação na Rua Itália, no antigo prédio onde funcionou o Posto de Puericultura de Valinhos, pertencente à Associação de Proteção à Infância e Maternidade Maria Antônia Celani, uma doação do empresário Ferrucio Celani para a Paróquia de São Sebastião. Os tempos mudaram, a cidade cresceu e hoje já não se usa mais o termo excepcional e sim pessoas com deficiência. Aquele pequeno espaço da Rua Itália se transformou numa sede maravilhosa desde 2005, na Rua Fioravante Agnello, no Jardim Maria Ilydia onde são atendidas 400 pessoas entre alunos e assistidos, com todas as dependências interligadas e com acessibilidade.
Para Maria Madalena Brunelli Gonçalves – irmã de Lô- Roberval, a APAE foi muito importante para o desenvolvimento do irmão, hoje com 59 anos. “Ele evoluiu muito e ficou muitos anos como assistido da APAE no tempo em que a sede era na Rua Itália. Na juventude Lô aprendeu com os amigos a fumar e na APAE não podia e aí chegava em casa muito nervoso, foi quando a mãe resolveu tirá-lo da instituição. “Somos gratos à APAE, ele foi o primeiro aluno, tinha grande amor pelo Padre Leopoldo, pudemos acompanhar a sua evolução e crescimento”.
Na presidência das várias diretorias nomes como dos saudosos: Domingo Walter Ramazini Arruda, Padre Leopoldo P. Van Liempt, Pedro Brandini, Atílio Capovila, Pedro Rodrigues e os que ainda estão escrevendo esta história de sucesso: Luiz Basetto, Dr. Ruy Meirelles, Jesus Donizete Piva, Edson Manzano e Luís Roberto Roson.
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