Grupo Rosa e Amor abre oficialmente o “Outubro Rosa”, mês de conscientização sobre o câncer de mama
Um delicioso café da manhã, preparado pela Comunidade Cristã Videira e pelos participantes do projeto “Ame seu Vizinho”, marcou a abertura oficial do “Outubro Rosa”, mês de conscientização sobre o câncer de mama, realizado pelo Grupo Rosa e Amor no último sábado, dia 28. Antes do início dos trabalhos, o Padre Carlos Nascimento, da Paróquia de Sant’Ana; a Pastora Cristiane Rubert, da Comunidade Cristã Videira; e André Rosa, da Casa do Caminho, fizeram uma oração como forma de encorajar e despertar a esperança não apenas nas mulheres que são atendidas pelo Rosa e Amor, mas também em todos os que trabalham em prol do Grupo.
Na abertura do evento, a presidente do Rosa e Amor, Dra. Márcia Camargo Franzese, agradeceu a presença de todos e relembrou um pouco da trajetória do grupo que este ano está completando 24 anos de fundação e aproveitou a oportunidade para enfatizar que precisamos desmistificar o câncer. “Quando falamos em câncer muitas pessoas pensam que é uma sentença de morte, mas não é, é uma mudança, uma transformação na vida, uma mudança de paradigmas”, disse.
O ponto alto do evento foi a roda de conversa que trouxe para o palco quatro importantes profissionais da área, quando o assunto é câncer de mama e oncologia.
O educador físico Guilherme Telles, falou sobre a importância da atividade física no contexto do câncer de mama. Segundo ele, quanto maior o nível de atividade e quanto mais se faz exercícios, menor o risco de desenvolver câncer. “E quando falamos em câncer de mama, esse índice é de 20% a menos”, disse. Segundo Telles, quem pratica exercícios físicos e passa pelo tratamento de câncer de mama sofre menos com os efeitos colaterais do tratamento, como cansaço, perda de massa muscular e depressão e tem uma vida mais saudável.
Genética e Oncologia foi o tema abordado pelo oncologista, Dr. Higor Mantovani. Segundo o médico, a genética responde por cerca de 20% dos casos de câncer de mama. “Se a maioria das mulheres não vai ter câncer por causa da genética, a prevenção ainda é o melhor remédio”, disse.
Dr. Higor, que realiza exames de aconselhamento genético, disse que ter uma mutação genética não significa uma sentença de morte, mas é uma forma de oferecer ao paciente exames e condutas para que ele não desenvolva o câncer. “Infelizmente o SUS e a maioria dos convênios médicos não tem acesso ao exame genético como forma de prevenção”, disse.
Desmistificar o tratamento paliativo foi o tema abordado pela Dra. Cristina Terzi, médica paliativista. Segundo ela, precisamos desmistificar o nome “paliativo”, para acabar com o preconceito. “Cuidado paliativo não é um quebra-galho, é uma abordagem que dá qualidade de vida para pacientes e seus familiares, dando suporte psicológico, espiritual, físico e social, prevenindo sofrimentos desnecessários”, disse.
Dra. Cristina esclareceu que um paciente é elegível aos cuidados paliativos sempre que tiver um diagnóstico de uma doença grave. Se houver cura, o cuidado paliativo pode cessar. “Cuidar da pessoa que tem a doença e não da doença que a pessoa tem. Não vamos mudar a conduta dos médicos, mas vamos caminhar juntos”, finalizou.
Por último, a Dra. Susana Ramalho, médica oncologista que atua no Grupo Rosa e Amor, lembrou do início do seu trabalho no Grupo, capacitando a equipe técnica para acolher os pacientes com qualidade e dessa forma gerar mais qualidade na vida às assistidas, dando ao paciente a oportunidade de fazer escolhas assumindo seu tratamento.
Em seguida, os presentes puderam fazer perguntas aos palestrantes e tirarem suas dúvidas.
No final, os palestrantes foram homenageados e receberam uma camiseta do Grupo Rosa e Amor.
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