Após identificar a necessidade de fazer um trabalho para fortalecer os vínculos familiares da APAE Valinhos e também amenizar a sobrecarga dos familiares, com resgate da autoestima e ampliação do convívio social e com objetivo garantir mais qualidade de vida aos usuários e suas famílias, a equipe da assistência social liderada pela coordenadora da Assistência Social – Andréia Gomes Araújo desenvolveu um Plano de Acompanhamento Familiar.
O plano tinha também o objetivo de proporcionar um momento de autoconhecimento aos participantes, detectado após visitas domiciliares.
“Decidimos pela criação de uma alternativa que não utilizasse apenas recursos verbais, pois algumas pessoas têm dificuldade em expor seus sentimentos, vivências e história de vida, surgiu a ideia da “Colcha de Retalhos”, que seria uma opção onde contaríamos com a criatividade dos envolvidos resultando num produto final com as histórias e vivencias do grupo”, disse a Coordenadora da Assistência Andrea Gomes Araújo.
Todas as 160 famílias foram convidadas a participar dos dez encontros propostos, apenas 17 compareceram em todos, e outras participaram em alguns momentos entre apresentação do projeto, confecção dos retalhos, montagem da colcha e a exposição do produto final. Durante os encontros foram trabalhados vários temas como: lembranças da infância, felicidade, os ciclos da vida, as oportunidades de recomeço, a descoberta da deficiência, a rejeição, os anseios, os obstáculos, as conquistas, como resignificar sentimentos, como lidar com o novo, o desconhecido e a importância da APAE para as famílias.
“Cada encontro era um misto de sentimentos, com expectativas, angustias, anseios, choros, risos e o mais importante, os participantes foram se reconhecendo enquanto grupo, trabalhando seus conteúdos internos, se fortalecendo e alguns até se sentiram tão empoderados que transformaram suas histórias”, relata Andréa.
“Utilizando poesias, textos, músicas, as psicólogas Eliana de Asevedo Faria Silva e Larissa Angelo Pereira trabalharam os temas, acolhendo cada história com respeito e carinho e oferecendo aos participantes um suporte emocional que possibilitou um espaço diferenciado de escuta e construção dos retalhos que iam surgindo. Foi a partir desse momento, que as histórias iam se entrelaçando, formando vínculos e se tornando a história do grupo “Colcha de Retalhos”.“Foi um trabalho de um ano, mas que valeu muito para todos nós da equipe e principalmente, para as famílias que participaram pois puderam perceber que os problemas são comuns, mas que juntos fortalecendo os vínculos familiares, conseguem ultrapassar os obstáculos e ter uma vida mais feliz e harmoniosa”, conclui a coordenadora Andrea Gomes Araújo.