Crianças e idosos são os mais afetados pelas queimadas que aumentam em 23% a chance de desenvolver doenças respiratórias

As queimadas aumentam em 23% a chance de o brasileiro desenvolver doenças respiratórias, entre elas bronquite, pneumonia e asma. É o que revela um estudo da Escola de Políticas Públicas e Governo (FGV EPPG), realizado através da análise de mais de 2 milhões de internações hospitalares entre 2008 e 2018.
Além disso, o estudo também mostrou que as queimadas estão associadas a um aumento de 21% nas doenças circulatórias, como doença arterial, Acidente Vascular Cerebral (AVC), cardiopatias, entre outras.
O estudo também mostrou que apesar de a poluição causada pelas queimadas atingir a todos, ela atinge com mais força crianças de até 5 anos e idosos acima de 64 anos.
Os sintomas mais comuns decorrentes da inalação da fumaça de queimadas são a tosse seca, falta de ar, dificuldade para respirar, dor e ardência na garganta, rouquidão, dor de cabeça, lacrimejamento e vermelhidão nos olhos. Esses são os sintomas que a maioria dos pacientes atendidos pelos médicos do PSC Saúde tem relatado.
Esses são os primeiros sintomas. O contato com a fumaça também pode causar alergias, pneumonia, insuficiência respiratórias e problemas cardiovasculares.
No Brasil, as regiões mais afetadas pelas queimadas tem sido as regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, mas se engana quem acredita que somente as pessoas que moram próximas às regiões de queimadas sofrem as consequências. Elas são as que mais sofrem, mas é importante destacar que a névoa provocada pelo fogo pode viajar milhares de quilômetros e atingir outras cidades, estados e até países, como temos visto acontecer ultimamente no Brasil.
Mas e o que fazer para amenizar o efeito das queimadas em nossa saúde? Assim como é indicado em épocas de clima seco, para diminuir o efeito das queimadas em nossa saúde é preciso evitar, sempre que possível, a proximidade com incêndios; manter uma boa hidratação; manter os ambientes da casa e do trabalho fechados, mas umidificados com vaporizadores, bacias de água ou toalhas molhadas, além de usar máscaras quando sair na rua e evitar aglomerações em locais fechados. Os médicos também orientam que devemos optar por uma dieta leve, com ingestão de verduras, frutas e legumes.
E alertam: caso tenha inalado fumaça, o recomendado é buscar ajuda médica o mais rápido possível para evitar lesões permanentes nas vias respiratórias.

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