Fim da greve na Santa Casa de Valinhos

Funcionários recebem os salários de janeiro

A Santa Casa de Valinhos anunciou, em entrevista coletiva realizada na quinta-feira – 16 de fevereiro – com o Superintendente Edson Manzano, que a situação do pagamento dos funcionários foi regularizada, pondo fim à greve deflagrada no dia 14 de fevereiro.
“Em nenhum momento os pacientes, SUS, particulares ou de convênios, deixaram de ser atendidos no hospital, mesmo sem recursos. Os funcionários foram até onde puderam, felizmente conseguimos pagar os salários de janeiro e todos os benefícios foram mantidos, por outro lado temos os nossos médicos, que estão trabalhando sem receber desde dezembro, no dia 17/02/17 deveremos fazer o pagamento de 1/3 do que a Santa Casa deve aos profissionais no valor de R$450.000,00 e o restante do pagamento em 25/02/17”,destaca Edson Manzano.
A Santa Casa de Valinhos promoveu uma otimização de seus serviços, reduzindo de 126 leitos para 102 leitos e desligou cerca de 127 colaboradores . “É bom lembrar que estamos com 458 funcionários, o mesmo número que tínhamos em 2010, com isso estamos nos organizando para vencer as dificuldades econômicas, cujo problema não é de agora, a política do Estado para Saúde faz com que os recursos não cheguem, mas independente de quem é gestor, no caso o Município, não pode faltar dinheiro na Santa Casa, que é uma entidade particular, mas que faz filantropia e presta serviços para o município”.
Edson explicou que o orçamento da Santa Casa em 2016 era de R$1.971.000,00 mês, porém no mês de outubro chegou R$1.275.000,00; em novembro R$ 1.338.000,00 em dezembro, mês que tem o 13º salário chegou ao hospital R$400.000,00 e em janeiro nenhum centavo.
Agora em fevereiro chegou uma verba de R$225.000,00 de subvenção aprovada pela Câmara e mais uma verba de R$ 472.000,00 do Estado referente à campanha 1+2 realizada no período de outubro de 2015 e outubro de 2016, lembrando que esta verba entrou nos cofres da Prefeitura em 29 de dezembro de 2016 e só agora chegou à Santa Casa. “Este é um resumo da situação, nas redes sociais as pessoas colocam que é preciso abrir a caixa preta, fazer auditoria, eu desafio quem quiser contratar uma auditoria particular, e vir fiscalizar as nossas contas, que já são auditadas pelas empresas PROVECTOR / AUDIOESP, podem vir a hora que quiserem que não vão encontrar desvio de dinheiro, a transparência é nossa linha de trabalho, nesses 19 meses que estou aqui, não encontrei nada, se encontrar algo errado vou consertar”, disse o Superintendente.
Estamos seguindo as orientações da FEHOSP e discutindo com o gestor municipal o termo de convênio, estamos nos adequando às normas do marco regulatório / novas portarias e em busca da CND com efeito positivo, mas tudo isso é moroso e não podemos esperar, é preciso agilizar, os funcionários, médicos e fornecedores ficam inseguros, ninguém faz nada se não houver entrada de recursos, não existe milagre, o custo da saúde é alto, os salários pagos aos funcionários é o menor da região e estamos sempre perdendo profissionais para outros hospitais, o valor pago para os plantões médicos também é um dos menores, hoje o custo anual da Santa Casa é R$ 21.000.000,00 para o convênio SUS, o governo anterior deixou um orçamento de R$10.800.000,00 /ano, só a folha de pagamento dos funcionários deste mês foi de R$770.000,00/mês (líquida).
A Saúde é Política de Estado, não pode ser tratada desta forma. ” conclui Edson Manzano.

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