Situação das bactérias multirresistentes na Santa Casa de Valinhos está sob controle

A Santa Casa de Valinhos através de seu Superintendente Fernando Pozzuto e Dra. Paula Telles médica infectologista, fizeram na segunda-feira, 18, um relato completo de toda situação que envolveu o hospital, com a informação de que a UTI estava com cinco casos de KPC – também conhecida como Enterobactéria Resistentes aos Carbapênicos e um caso de VRE – significa “Vancomycin-resistence enterococcus.
A informação de que a UTI adulto da Santa Casa de Valinhos estava com muitos casos de superbactérias foi divulgada através da rede social e imprensa da cidade, fato que causou preocupação na população. Em vista disso, a médica infectologista informa que a situação está sob controle, as superbactérias estão presentes no mundo, no nosso organismo, mas no ambiente hospitalar, o paciente fica mais exposto a vários antibióticos e aí surgem as mais resistentes ao tratamento.
O termo correto é bactérias resistentes a antibióticos, que na Santa Casa são monitoradas para saber os níveis das bactérias resistentes e não resistentes e aplicadas medidas de precauções necessárias.
“Aqui no hospital esse controle é feito há anos, fazemos a medição constante, primeiro com a procura das bactérias nos nossos pacientes, seguindo o critério de risco estabelecido para bactérias multirresistentes, se elas são detectadas através dos exames, realizamos as medidas de precaução recomendadas pela ANVISA e vigilância epidemiológica. A segunda situação é quando a bactéria cresce em algum material, alguma cultura ou secreção, onde, além das medidas anteriores, é instituído o tratamento indicado”.
E a infectologista alerta: “Pacientes que já tiveram essa bactéria e são reinternados, tem um tratamento cuidadoso, porque não sabemos quanto tempo ela fica no organismo, imediatamente entramos em ação com os protocolos e padrões de controle, a Santa Casa segue todas as determinações. Quando o paciente é detectado com uma bactéria multirresistente, todas as medidas são tomadas, inclusive uma placa de identificação que alerta: Quarto com precaução de contato, lembrando a toda equipe que aquele quarto precisa de medidas como lavar as mãos antes e depois, usar avental, luvas, máscaras, etc.
O Superintendente Fernando Pozzuto esclarece que a Santa Casa é transparente, aberta, essa notícia divulgada sem fundamento e sem conhecer os dados, acontece de forma alarmista. ”Acabamos de receber o selo de qualidade ONA e um dos itens apontados foi a questão do baixo índice de infecção hospitalar. A recertificação chegou ao momento de tribulação, mas foi uma grande conquista. A Santa Casa é um hospital bom e seguro para atender ONA e, além disso, é filantrópico e atende o paciente SUS”.
Fernando Pozzuto lembra também que a missão da Santa Casa por ser uma entidade beneficente é mais difícil que um hospital privado não filantrópico, pois ambos devem prestar um atendimento com segurança e qualidade para todos os convênios, mas só as Santas Casas e Hospitais Beneficentes carregam a bandeira da filantropia, disponibilizando 60% de sua estrutura para o convênio SUS, porém estamos trabalhando com todos os protocolos disse o Superintendente, nossa equipe multiprofissional não tem se descuidado e além de todas as inspeções temos também a Vigilância Sanitária, que esteve na sexta-feira 15 de junho, na Santa Casa, constatando que executamos a lavagem das paredes, teto, cama e até a maçaneta de portas de toda a UTI e para que isso pudesse acontecer temos um quatro que denominamos quarto pulmão, ele é todo equipado, mas não tem cama, exatamente para transferir o paciente, enquanto se higieniza o quarto onde estava internado, uma prática comum em nossa UTI. Após todas as averiguações a Vigilância Sanitária emitiu documento de que tudo estava sob controle.
E completa: “Em qualquer hospital que você for, se o índice de casos de pacientes colonizados por bactérias for zero é porque não estão fazendo as medidas para averiguar os níveis, posso apaziguar a população de Valinhos que a situação em nossa Santa Casa está sob controle e com todas as práticas de higiene na questão das bactérias resistentes aos antibióticos”

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