Santa Casa de Valinhos assim com os demais filantrópicos lutam para permanecer com atendimento ao paciente SUS

A situação dos hospitais filantrópicos e Santas Casa em todo Brasil é preocupante e com a Santa Casa de Valinhos não é diferente, os valores pagos pelo SUS, pelos serviços prestados não são reajustados há 15 anos e isso faz com as contas dos hospitais não fechem e eles precisem recorrer aos bancos, com altas taxas de juros que poderiam ser aplicados na assistência. Segundo a Confederação dos Filantrópicos e Santas Casas, nos últimos seis anos, 315 instituições tiveram que encerrar os serviços no país por não ter verba suficiente para continuar operando.

O provedor da Santa Casa de Valinhos, José Luiz Zanivan destaca que a conta não fecha, mensalmente o hospital gasta com atendimento aos pacientes SUS, que representa 60%, R$4.200 milhões e recebe em média R$2.600, R$2.800 milhões do poder público, que é o gestor do SUS no município.

“Temos sempre que recorrer à iniciativa privada que nos ajuda, até agora tem dado certo, inclusive estamos reformando o Pronto Socorro, mas se os valores recebidos fossem os corretos, uma ala que hoje é utilizada para serviços administrativos, poderia se transformar em 14 novos leitos para atender a população. Tudo o que vamos fazer custa muito, a Santa Casa não tem como abraçar tudo e muitas vezes acaba gerando descontentamento da população, mas posso garantir que nossos funcionários estão fazendo o melhor para minimizar os problemas”, conclui o provedor

Para o presidente da CMB, Mirocles Véras, o setor vem sendo ignorado e a situação pode provocar a desassistência em várias regiões do país. “Os filantrópicos são a maior rede hospitalar do SUS, mesmo acumulando décadas de subfinanciamento, assumindo dívidas para bancar uma conta que não é sua, mas do sistema, tudo para não deixar de assistir aos brasileiros.

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